terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Led Zeppelin, a perfeição dos magos


   Vou iniciar contando histórias de bandas que em algum momento tiveram algo haver comigo, não a história em si, mas situações  ou sensações ao ouvir uma música, lembranças das capas e isso me faz lembrar quando tive meu primeiro disco do Led Zeppelin, os dois primeiros, originais de 1969, troquei na Baratos Afins por um disco importado de uma banda punk chamada Anti-Pasti. Lembro-me que era uma tarde chuvosa em Sampa e fiz de tudo prá não molhar as capas... Bem, vamos lá.
     A banda inglesa Led Zeppelin, um dos grandes nomes da música de todos os tempos, e qual é o estilo desta banda? Muitos dizem que são os pais do heavy metal, que foram a base deste estilo, mas seus próprios membros dizem o contrário, Rober Plant cita o Blue Sheer mais heavy que o Led, mas se analisármos gerações do heavy metal, nós vamos buscar bases pesadas em sua música, e antigamente, tudo era rock e não havia rótulos.
   Foi isso que pensou um jovem guitarrista, em Londres, 1968, que a todo custo buscava nomes para sua banda, até então, os Yardbirds, que após foi chamada de New-Yardbirds até chegar ao Led Zeppelin, nome sugerido por Keth Moon, baterista do The Who. Mas não foi fácil recrutar nomes para o novo projeto de uma banda que já tinha seu lugar ao sol. Todos conheciam os Yardbirds e Jimi Page e seu baixista Chris Dreja tinham um contrato de disco a cumprir, primeiramente tinham de arrumar um vocalista, mas foi com a recomendação de Terry Reid, um cantor que não aceitou o posto, veio Robert Plant que aceitaria caso seu amigo John Bonham viesse junto, e não deu outra os ex-membros da Band of Joy estavam novamente juntos, mas foi com a saída de Dreja e a entrada de John Paul Jones, baixista, tecladista, compositor e arranjador que a banda se trancou em uma sala alugada e passou horas tocando para ganhar ritimo até que em 1969 saiu o primeiro disco da banda chamado apenas Led Zeppelin e continha na capa um zepelin em chamas próximo a torre de desembarque, dentro, um som polido e com um vocalista com timbres agudos, bateria muito pesada, acima da média e foi essa a marca de Bonham, bater cada vez mais pesado. Deste disco um dos pontos altos é Dazed And Confused, que mais tarde incluiria o solo de guiitarra com arco de violino. O Led, apesar de suas músicas cheias de pegadas e criatividade, sempre foi perseguido pelo fantasma do plágio, e foi assim durante anos, muitas músicas você encontrará em bases de outras bandas da época e de tempos atrás, um dos exemplos clássicos é de Whole Lotta Love, que mais tarde foi incluido o registro de Willie Dixon, que ganhou ação judicial como autor das bases desta música que abria o segundo disco da banda (esta era uma capa que fiquei impressionado, prá mim, tem algo a mais que apenas aquela capa marron com tripulantes do zepelin e da banda e dentro, aquela pintura de um coliseu com o nome dos membros grafados nas escadarias com muita luz). Uma outra coisa que sempre envolveu o Led Zeppelin, além do ocultimo, foi o fato da banda ter abandonado seu país e se estabelecido de vez nos Estados Unidos, o Led não gostava de como eram tratados pelos repórteres, isso também de deveu aos altos impostos cobrados pelos ingleses  e por muito tempo a banda ficou fora, sem um show sequer na Inglaterra, viajando apenas em diversos lugares americanos. Vale-se dizer de Peter Grant, o quinto Led, o empresário “pai” da banda e autor de diversas façanhas que levaram a banda a ter o sucesso merecido.
   Led Zeppelin II, nos mostra uma banda mais coesa, tem um arrasa quarteirão em, Whole Lotta Love e cai num astral completamente parado em  What Is and What Should Never Be, é impressionante como os estilos se diversificam de um trabalho a outro, a guitarra afiada de Page e a bateria insandecida de Bonham no solo de Moby Dick. Há gaitas em Bring it on Home que duela com a voz de Plant. Este disco foi o primeiro do Led a alcançar o primeiro lugar no Reino Unido e Inglaterra.
    O Terceiro disco não demorou, mas a decepção sim, com uma capa cheia de desenhos estranhos, figuras soltas em toda capa, dupla por sinal, embalava um som completamente acústico, diferente do que os fãs estavam acostumados a ouvir, apesar de abrir com Immigrant Song, o restante é feito com muito violão acústico, harpas, violinos e um cheiro forte de folk. Este foi o disco do Led que menos vendeu, lançado em 1970.
   No fim 1971 o Led lança aquele que colocou a banda em destaque no mundo. O disco não tinha nome na capa, o que causou um mal estar com a gravadora, no encarte o Led criou quatro simbolos, pedido por Jimmy Page, que a cada dia mais estava envolvido em ocultismo e levava sua paixão por Alister Crowley (ocultista inglês). Jimmy Page carregou seu simbolo por tempos: Zo-so.
   O disco está recheado de clássicos: Black Dog, Rock ´n` Roll e uma das músicas mais famosas da história Stairway to Heaven.  Como disse antes que o Led esteve envolvido em plágios, escutem Taurus, da banda Spirit e tirem sua conclusão. Estima-se que Led Lepelin IV vendeu cerca de 40 milhões de cópias em todo o mundo.
   Este disco tornou o Led um dos dinossauros do rock, ao lado de bandas como Pink Floyd, e há uma história que diz que as bandas eram rivais e não tocavam juntos em regiões próximas.
   Houses of the Holy, de 1973 tras músicas mais longas e uso de sintetizadores, arranjos de cordas feitos por John Paul Jones. Neste disco há clássicos como D´yer Mak´er, The Song Remaisn the Same (que dá nome ao filme) e a bela No Quarter.
   A turne de lançamento deste disco, lotou por três noites consecutivas o Madison Square Garden. E que serviu de base para o filme, lançado em 1976, The Song Remains the Same. Que mostra a banda em seu habitat natural: o palco, fora isso o filme inicia com cada um dos membros, representando o que mais gostava de fazer na vida: Plant com a familia em sua fazenda, Bonham um adorador de carros de corrida. Jimmy Page no solo de Dazed And Confused mostra seu lado sombrio no solo de guitarra com arco de violino, escala uma montanha e passa por diversas transformações até chegar ao velinho da capa do disco IV. John Paul Jones mostra todo seu conhecimento tocando orgão.
   Uma nova jogada do Led, em 1974, a criação de seu próprio selo Swan Song (canto do cisne) e de cara, no ano seguinte lançam Physical Graffiti, um album duplo, que chamava a atenção pela capa, um prédio de londres onde cada janelinha representava algo ou alguém e a capa abria e fechava, isso fazia que a cada momento as janelinhas estavam abertas ou fechadas. Neste ano o Led Zeppelin foi considerado a melhor banda do mundo (este selo gravou discos de bandas como Bad Company).
   A prtir de então o Led começa a entrar num inferno astral, Plant sofre um acidente de carro, a banda fica de molho e começa a produção do filme e a trabalhar no novo disco, Presence, em 1976, mas o golpe para Plant foi a morte de seu filho Karac, vitima de uma doença que atingiu seu estômago. O Led parou novamente.
   A banda volta no fim de 1978 para gravar In Through the Outdoor que tem nada menos do que 9 capas em ângulos diferentes para um rapaz bebendo num bar. A música All my Love é dedicada ao filho de Plant, Karac. Lançado em setembro de 1979.
   O Led lutava esta época contra o punk que os consideravam uma peça chave do capitalismo musical, ao lado de Pink Floyd e Yes. Lutava também contra os 10 anos de estrada e o cansaço da estrada, lutava contra o passado e contra o futuro, mas perdeu sua maior batalha, a morte de John Bonham em 1980, num ensaio na casa de Page. Foi o fim, não havia mais condições de lutar contra a maior fatalidade da vida: a morte. E assim foi a vida desta banda, que pós morte ainda teve lançamentos como Coda, em 1982. Restos de gravações de estudios de toda a carreira da banda. Nos anos 90 algumas copilações ao vivo e um novo DVD, duplo, que continha muitas imagens raras desta banda que não se deixava gravar fora dos padrões da pirataria, Peter Grant e equipe, antes do público entrar nos shows, fazia uma varredura em todos pontos para ver se haviam microfones e gravadores escondidos. O Led tem pouco material lançado tanto em video, como shows piratas.
   Nos anos 90 Page se reencontra com Plant e grava alguns albuns. O Led se encontra no Live Aid, evento criado por Gedolf para arrecadar fundos para a África, com Phil Collins na bateria, em 1985  e em dezembro de 2007, faz um show memorável no Arena em Londres, com Jason Bonham, filho de John, na bateria, inclusive tocaramm Stairway do Heaven, que não tocavam a anos. Apesar de tudo John Paul Jones volta a tocar junto a Plant e Page, coisa que não acontecia desde o fim do Led.
   Cada membro do Led seguiu um estilo diferente, mas nenhum tão próximo quanto Robert Plant que em algumas situações gravou com Jimmy Page e reviveram, juntos, a saga da maior banda de rock que estes pobres mortais conheceram.

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