A evolução mundial surpreende a cada momento, digo isso pela lógica e por estar mexendo em minhas revistas antigas. Quantas coisas erradas que existiam, quanta informação mal pesquisada, fotos trocadas. Algumas são clássicas, na revista As 10 Melhores Bandas de Rock de Todos os Tempos” (que está faltando Black Sabbath), havia inversão nas fotos do Sex Pistols, com o The Clash. Eric Clapton foi ser Jim Capaldi, do Traffic. Mataram Jerry Lee Lewis na Enciclopédia do Rock, Vol 2 da Somtrês...
Mas tivemos revistas clássicas, como a POP que foi febre nos anos 70. A Somtrês, nos anos 80 nos brindou com resenhas de discos, equipamentos eletrônicos, instrumentos musicais e expandiu publicações referentes ao rock. A Editora Três criou enxeu as bancas de jornais de pôsteres de diversas bandas: Kiss, Queen, Janis Joplin, Peter Frampton, Judas Priest, Venom, Def Leppard, Black Sabbath... Nossa, acho que foram uns 50 pôsteres de 1,10 x 0,80, hoje são raros no mercado. Foi lançada também, a Enciclopédia do Rock, em 3 volumes (mais tarde revisada em 1984 e não corrigiram a morte de Jerry Lee Lewis) contava a história de muitas bandas dentro do “contexto rock” ou que se aproximasse. Nela, havia também discografias, algumas incompletas, outras suspeitas, mas no geral foi um grande marco. Assim, logo em seguida saiu o Diário do Rock, este marcada todos os dias do ano, fatos históricos e marcantes, como nascimento ou morte dos ídolos, lançamentos de discos, etc. História do Rock, em 4 volumes contava como o rock surgiu e como seus estilos foram aparecendo: progressivo, heavy metal, punk. Incluía histórias de algumas bandas como Beatles e Stones, além de gente como Bob Dylan. Tivemos também o livro negro do Rock, o Dicionário do Heavy Metal. Legal esta que incluiu o metal nacional.
Nota-se que as publicações eram da editora Três.
Uma outra revista que fez sucesso também, foi Rock, a música do século XX, em dois volumes encadernados, era vendido em revistas separadas nas bancas, pela editora rioGráfica, contava a história de movimentos e suas respectivas bandas, com fotos excelentes.
Muitas revistas passaram a aparecer nas bancas de jornais nos anos 80, a revista Roll era adepto do pop, mais tarde surgiu a revista Metal, que falava apenas de bandas pesadas.
O marco das revistas nacionais começou como Fã Clube e foi para as páginas do Fanzine Rock Brigade, e despontava seus fundadores, Bonadia, Pombo (Vodu), Fernando Souza Filho, Antonio Carlos Monteiro, Mais tarde foi a principal revista do Brasil no gênero e uma das mais conceituadas no mundo, devido a qualidade de suas matérias e seus correspondentes internacionais e o que alavancou foi o surgimento daquele chamado “boom” de bandas como Metallica, Venom, Mercyfull Fate e uma tonelada de estilos: black metal, power metal, speed metal, trashed metal... Mais tarde a revista curvou-se para um outro mercado e hoje é apenas uma leve sombra do que foi.
Quem cresceu foi a Roadie Crew, que iniciou humildemente nos longínquos anos 90 e cresceu de forma merecida, com gente como Cláudio Vicentin, Antonio Carlos Monteiro, Airton Diniz, Ricardo Batalha, Vitão Bonesso, Cíntia Diniz e Vinicius Neves (Stay Heavy), entre outros.
Além de hoje, com suas mais de 150 publicações ainda há algumas revistas paralelas, como os melhores discos de 1980 e 200 hinos ro classic rock.
A revista Metalhead também manteve-se no mercado por um tempo, a MH falava de outros estilos como hardcore e punk e sua editora publicava diversas revistas sobre bandas, inclusive com letras traduzidas e revistas com fotos.
Todas elas têm resenhas de discos, shows, vídeos.
Nos anos 80 muitas publicações de pequenos portes surgiram, há uma imensidão nas prateleiras, encalhadas da vida. Há coisas legais como algumas revistas com referências a bandas como Led Zeppelin, Kiss, Queen. Outras revistas: Dynamite, Top Rock
Hoje temos um mercado amplo e são centenas os livros que são publicados contando histórias de movimentos e biografias de bandas, além de revistas-fotos. Hoje há no mercado publicações de todas as bandas imagináveis de AC/DC à ZZ Top. Nós, roqueiros, agradecemos.
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